Diagrama de Ishikawa: Modelos e como criar o seu

Em um mundo onde a complexidade dos negócios só aumenta, identificar a verdadeira raiz dos problemas é um desafio constante. Falhas na produção, baixa produtividade da equipe, atrasos em projetos… por trás de cada contratempo, há uma teia de causas que precisam ser desvendadas para que soluções eficazes possam ser implementadas. É nesse cenário que o Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe, se revela uma ferramenta indispensável.

Desenvolvido para simplificar a análise e visualização de todas as possíveis origens de um problema, este método permite que equipes e indivíduos mergulhem a fundo nas questões, ultrapassando os sintomas para chegar às causas fundamentais. Ao compreender os diversos modelos de diagrama de ishikawa, como os famosos 6Ms (Método, Medida, Máquina, Meio ambiente, Material e Mão de obra) e outras adaptações, você estará apto a não apenas identificar, mas também categorizar e priorizar os fatores que realmente impactam seus objetivos.

Este artigo desvenda a metodologia por trás do Diagrama de Ishikawa, detalhando cada etapa da sua construção, desde a definição clara do problema até a elaboração de um plano de ação robusto. Serão explorados exemplos práticos, os modelos de diagrama de ishikawa mais comuns e as melhores fontes para baixar ou criar o seu próprio. Uma leitura essencial para quem busca aprofundar a análise de problemas e impulsionar a qualidade e eficiência em seus projetos e processos.

O que é o Diagrama de Ishikawa?

O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta visual poderosa, reconhecida como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe, que auxilia na identificação e organização das possíveis causas de um problema específico. Ele permite uma análise profunda, transcendendo os sintomas para alcançar as raízes fundamentais de qualquer questão.

Sua estrutura assemelha-se a uma espinha de peixe, com o problema principal na “cabeça” e as categorias de causas ramificando-se como “espinhas”. Esta representação gráfica facilita a compreensão e o brainstorming em grupo, tornando o processo de resolução de problemas mais eficiente e colaborativo.

A história e origem do Diagrama de Causa e Efeito

O Diagrama de Causa e Efeito foi desenvolvido na década de 1960 pelo professor Kaoru Ishikawa, um engenheiro químico japonês e um dos grandes nomes da gestão da qualidade. Sua criação visava simplificar a análise e a visualização das múltiplas origens de um problema em ambientes industriais, principalmente no Japão pós-guerra.

Ishikawa introduziu esta ferramenta como parte de seus estudos sobre controle de qualidade, buscando capacitar equipes a identificar e resolver problemas de forma sistemática. Rapidamente, o diagrama se tornou um pilar fundamental em metodologias de melhoria contínua, como o Seis Sigma e o Lean Manufacturing, por sua clareza e eficácia.

Por que usar o Diagrama de Ishikawa?

Usar o Diagrama de Ishikawa é fundamental para qualquer organização ou equipe que busca aprimorar seus processos e resolver problemas de forma eficaz. Esta metodologia vai além da identificação de falhas superficiais, mergulhando nas complexidades para desvendar o que realmente está impactando os resultados.

Ao construir um modelo de diagrama de ishikawa, você obtém uma visão holística e estruturada das causas, facilitando a tomada de decisões embasadas. Ele é particularmente útil por vários motivos:

  • Identificação clara de causas: Ajuda a visualizar todas as causas potenciais, agrupando-as por categoria.
  • Análise profunda: Evita a tendência de focar apenas nos sintomas, incentivando a busca por causas-raiz.
  • Fomento ao trabalho em equipe: Facilita discussões produtivas e o brainstorming coletivo para explorar diferentes perspectivas.
  • Priorização de ações: Permite que as equipes identifiquem quais causas são as mais significativas e precisam de atenção prioritária.
  • Melhoria contínua: Serve como base para planos de ação mais robustos, promovendo a qualidade e eficiência dos processos.

Os 6Ms do Diagrama de Ishikawa e outros modelos de categorias

O Diagrama de Ishikawa, para ser eficaz, necessita de uma estrutura clara para organizar as possíveis causas de um problema. Os 6Ms representam o modelo de diagrama de ishikawa mais tradicional e amplamente reconhecido, funcionando como categorias-chave para a análise de causas em ambientes industriais e de produção. Contudo, sua flexibilidade permite adaptações significativas para diversos cenários, incluindo o setor de serviços.

Método

Refere-se à maneira como um processo é executado ou uma tarefa é realizada. Causas relacionadas ao Método podem envolver procedimentos inadequados, falta de padronização, fluxos de trabalho ineficientes ou a ausência de um plano de ação claro para as atividades.

Medida

Esta categoria abrange todos os aspectos ligados à coleta, análise e interpretação de dados. Problemas aqui podem surgir de equipamentos de medição descalibrados, erros humanos na leitura, falta de métricas relevantes ou um sistema de controle de qualidade deficiente ou inexistente.

Máquina

Envolve equipamentos, ferramentas, tecnologia e toda a infraestrutura física utilizada no processo. Falhas de máquinas podem ser causadas por manutenção inadequada, desgaste natural, especificações incorretas, ou mau funcionamento de softwares e sistemas que dependem da máquina.

Meio ambiente

Este “M” abrange o contexto físico e as condições externas onde o trabalho é realizado. Inclui fatores como temperatura, iluminação, ruído, umidade, vibração, layout do local de trabalho e, em alguns casos, até o clima organizacional ou fatores externos incontroláveis.

Material

Diz respeito a todas as matérias-primas, componentes, suprimentos e insumos necessários para a produção ou execução do serviço. Causas materiais podem envolver qualidade inferior, especificações incorretas, transporte ou armazenamento inadequado, ou a falta de estoque.

Mão de obra

Foca nas pessoas envolvidas no processo. Aqui se analisam fatores como falta de treinamento, inexperiência, fadiga, falta de motivação, erros humanos, problemas de comunicação interna ou externa, ou deficiências nas habilidades e competências da equipe.

Outras categorias adaptadas para serviços

Embora os 6Ms sejam um ponto de partida robusto, o modelo de diagrama de ishikawa pode e deve ser flexibilizado para atender a diferentes contextos. Para setores de serviços, onde a intangibilidade e a interação humana são predominantes, é comum adaptar ou adicionar categorias que reflitam melhor a realidade específica.

Alguns exemplos de categorias frequentemente utilizadas em serviços, substituindo ou complementando os 6Ms, são:

  • Pessoas: Abrangendo não apenas a mão de obra direta, mas também aspectos de gestão, liderança, cultura organizacional e comunicação.
  • Processos: Detalhando os fluxos de trabalho e as etapas de entrega do serviço de forma mais granular.
  • Políticas: Referindo-se a normas internas, regulamentos, leis e diretrizes que impactam a operação ou o atendimento.
  • Preço/Custo: Fatores financeiros que podem ser a causa de problemas (ex: precificação inadequada, custos de operação elevados).
  • Promoção/Comunicação: A forma como o serviço é divulgado e a comunicação com o cliente.
  • Evidência Física: Elementos tangíveis do ambiente de serviço, como instalações, sinalização, design e materiais de suporte.

A escolha das categorias deve ser estratégica e pertinente ao problema em análise, garantindo que o brainstorming seja organizado de forma lógica e abrangente para identificar todas as causas potenciais.

Como fazer um Diagrama de Ishikawa em 5 passos

A criação de um Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Espinha de Peixe, é um processo metódico que ajuda a desvendar as causas de um problema complexo. Seguindo estes cinco passos, você poderá construir um diagrama eficaz para guiar suas análises e decisões estratégicas.

Passo 1: Defina o problema principal

O primeiro e mais crucial passo é ter clareza absoluta sobre o problema que você quer resolver. Ele deve ser específico, mensurável e com foco no efeito indesejado. Evite generalizações como “a empresa está mal”; em vez disso, foque em “Atraso médio de 30% nas entregas do produto X nos últimos 2 meses”.

A formulação precisa do problema será a “cabeça do peixe” no seu diagrama, guiando toda a análise subsequente. Uma definição ambígua levará a uma análise superficial e soluções ineficazes.

Passo 2: Desenhe a “espinha de peixe”

Com o problema definido, é hora de começar a estrutura visual. Desenhe uma seta horizontal principal, apontando da esquerda para a direita. Na ponta direita dessa seta, escreva o problema principal que você identificou no Passo 1.

Essa seta representa o processo ou o caminho que leva ao problema, e as futuras ramificações serão as “espinhas” que detalham as causas.

Passo 3: Identifique as categorias de causas

Agora, você irá desenhar as “espinhas maiores” que se ramificam da seta principal. Cada uma delas representará uma categoria principal de causas. Os modelos de diagrama de Ishikawa mais comuns incluem os 6Ms (Método, Medida, Máquina, Meio ambiente, Material e Mão de obra), mas você pode adaptar para 4Ps (Pessoas, Processos, Políticas, Planta) ou outras que se encaixem melhor no seu contexto.

Essas categorias funcionam como grandes grupos para organizar o pensamento e garantir que nenhuma área importante seja negligenciada durante a análise.

Passo 4: Brainstorming das causas raiz

Dentro de cada categoria principal (Passo 3), o objetivo é identificar as causas específicas que contribuem para o problema. Para isso, faça um brainstorming com sua equipe, perguntando repetidamente “Por que isso acontece?” para cada causa que surgir.

Desenhe ramificações menores saindo das espinhas principais e liste todas as possíveis causas, mesmo as que parecem insignificantes. Quanto mais detalhado, mais completa será sua compreensão do problema.

Passo 5: Analise o diagrama e crie um plano de ação

Com o diagrama completo, o próximo passo é analisar todas as causas identificadas. Priorize as causas raiz mais prováveis de acordo com sua frequência, impacto ou facilidade de intervenção. Ferramentas como a matriz GUT (Gravidade, Urgência, Tendência) podem ajudar nesta etapa.

Por fim, desenvolva um plano de ação com soluções claras e responsáveis definidos para cada causa raiz prioritária. O Diagrama de Ishikawa não é um fim em si, mas uma ferramenta para guiar a implementação de melhorias efetivas.

Exemplos práticos de Diagrama de Ishikawa

A teoria por trás do Diagrama de Ishikawa ganha vida ao ser aplicada em situações cotidianas de negócios. Compreender como essa ferramenta funciona na prática é fundamental para quem busca dominar a análise de causas-raiz. Veja abaixo alguns exemplos que ilustram a versatilidade deste modelo de diagrama de ishikawa na identificação e categorização de problemas.

Exemplo 1: Baixa produtividade no trabalho

Imagine um cenário onde um departamento de vendas está consistentemente abaixo das metas. A baixa produtividade é o efeito. Para desvendar suas causas, um Diagrama de Ishikawa pode ser aplicado, categorizando as possíveis origens da seguinte forma:

  • Mão de Obra: Falta de treinamento adequado, desmotivação da equipe, excesso de reuniões improdutivas.
  • Método: Processos de vendas desatualizados, burocracia excessiva, ausência de um script de vendas eficaz.
  • Máquina: Softwares de CRM lentos ou complexos, computadores antigos, falhas de conexão à internet.
  • Meio Ambiente: Ruído excessivo no escritório, temperatura inadequada, layout que dificulta a comunicação.
  • Material: Material de divulgação obsoleto, falta de recursos para demonstração de produtos.
  • Medida: Metas irrealistas, falta de feedback construtivo, ausência de métricas claras de desempenho individual.

Exemplo 2: Problemas com a qualidade de um produto

Considere uma fábrica de eletrônicos que enfrenta um aumento nas reclamações sobre a durabilidade de um smartphone recém-lançado. O problema é a baixa qualidade percebida. Um Diagrama de Causa e Efeito pode ajudar a investigar:

  • Máquina: Equipamentos de montagem descalibrados, falhas em ferramentas de teste, máquinas com manutenção preventiva atrasada.
  • Material: Componentes eletrônicos de um novo fornecedor com falhas intrínsecas, matéria-prima armazenada inadequadamente.
  • Mão de Obra: Falta de treinamento para a montagem de novos componentes, operadores com fadiga, erro humano durante o controle de qualidade.
  • Método: Procedimentos de inspeção de qualidade insuficientes, etapas de montagem sem padronização, falta de um checklist rigoroso.
  • Meio Ambiente: Variações extremas de temperatura ou umidade na linha de produção, poeira ou contaminação no ambiente.
  • Medida: Critérios de aceitação para o produto final pouco claros, ausência de testes de durabilidade em amostras, monitoramento de qualidade deficiente.

Exemplo 3: Atrasos na entrega de projetos

Em uma agência de marketing digital, é comum que os projetos de desenvolvimento de websites e campanhas atrasem, gerando insatisfação dos clientes. O efeito é o atraso crônico. Um Diagrama de Ishikawa revela as causas-raiz potenciais:

  • Mão de Obra: Equipe sobrecarregada, falta de habilidades específicas em novas tecnologias, alta rotatividade de pessoal.
  • Método: Planejamento inicial deficiente, estimativas de prazo irrealistas, comunicação interna falha, reuniões improdutivas.
  • Máquina: Software de gestão de projetos inadequado, falhas na infraestrutura de rede, computadores lentos para processar grandes arquivos.
  • Meio Ambiente: Mudanças constantes de requisitos por parte do cliente, interrupções frequentes, ambiente de trabalho barulhento.
  • Material: Falta de informações claras do cliente no início do projeto, dependência de terceiros com prazos não cumpridos.
  • Medida: Falta de marcos claros no projeto, monitoramento inadequado do progresso, ausência de métricas de desempenho da equipe.

Esses exemplos demonstram como o Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta poderosa para visualizar e organizar as causas potenciais de um problema. Ao analisar cada categoria, torna-se mais fácil focar nos fatores que realmente precisam de atenção para encontrar soluções duradouras.

Modelos de Diagrama de Ishikawa para baixar e usar

Para otimizar o tempo e garantir a padronização na análise de causas, o uso de modelos de Diagrama de Ishikawa prontos é uma estratégia inteligente. Esses modelos facilitam a estruturação do seu pensamento e a colaboração em equipe, permitindo focar na identificação das causas-raiz sem se preocupar com o design da ferramenta. Existem diversas opções disponíveis, adaptadas para diferentes softwares e necessidades.

Modelos de Diagrama de Ishikawa simples

Os modelos simples são ideais para quem busca objetividade e clareza. Eles geralmente vêm com a estrutura básica da espinha de peixe e os seis Ms (Método, Medida, Máquina, Meio ambiente, Material e Mão de obra) ou categorias customizáveis, permitindo preenchimento rápido. São perfeitos para sessões de brainstorming iniciais ou para quem está começando a usar a ferramenta.

Muitas vezes, esses modelos são oferecidos em formatos versáteis, fáceis de adaptar e imprimir. Eles servem como um ponto de partida excelente, removendo a barreira inicial de ter que desenhar o diagrama do zero.

Modelos de Diagrama de Ishikawa para PowerPoint

Utilizar um modelo de Diagrama de Ishikawa no PowerPoint é uma ótima escolha para apresentações e reuniões. Os slides pré-formatados permitem que você insira as causas-raiz de forma visualmente atraente. Além disso, a flexibilidade do PowerPoint possibilita ajustes rápidos de cores, fontes e disposição dos elementos, adequando-se à identidade visual da sua empresa ou projeto.

A facilidade de compartilhamento e edição colaborativa faz do PowerPoint uma ferramenta prática para equipes que precisam revisar e apresentar suas análises de problema de forma profissional.

Modelos de Diagrama de Ishikawa para Word

Para quem precisa integrar a análise de causas em documentos, relatórios ou manuais, os modelos de Diagrama de Ishikawa para Word são os mais indicados. Eles permitem a combinação de texto explicativo com o diagrama, criando um material completo e de fácil leitura. A edição é intuitiva, e o formato se adapta bem à impressão.

É uma opção eficaz para documentar todo o processo de análise de problemas, garantindo que as informações estejam sempre acessíveis e bem organizadas dentro de um único arquivo.

Modelos de Diagrama de Ishikawa para Excel

Embora o Excel não seja a ferramenta mais óbvia para diagramas, existem modelos de Diagrama de Ishikawa que aproveitam sua capacidade de organização. Estes modelos geralmente usam células para categorizar e listar as causas, permitindo uma estrutura mais tabular. Alguns até incorporam funcionalidades básicas de filtragem ou contagem.

É uma alternativa interessante para quem prefere trabalhar com planilhas e deseja um registro estruturado das causas e seus sub-detalhes, aproveitando a capacidade do Excel para gerenciar dados.

Modelos de Diagrama de Ishikawa online

A ascensão das ferramentas online trouxe uma infinidade de modelos de Diagrama de Ishikawa acessíveis diretamente pelo navegador. Esses modelos são ideais para equipes remotas ou para quem busca agilidade e colaboração em tempo real. Muitos deles oferecem funcionalidades de arrastar e soltar, facilitando a criação e edição do diagrama.

Plataformas online frequentemente disponibilizam uma vasta biblioteca de templates e a possibilidade de exportar o diagrama em diferentes formatos. Eles eliminam a necessidade de instalar software, tornando a criação do seu próprio diagrama de Ishikawa mais prática e acessível.

Ferramentas para criar seu diagrama de Ishikawa online

A criação de um Diagrama de Ishikawa, embora conceitualmente simples, pode ser otimizada significativamente com o uso de ferramentas online. Estas plataformas facilitam a organização visual das causas e efeitos, tornando o processo mais ágil e colaborativo. Seja para equipes remotas ou para agilizar análises, os criadores digitais oferecem modelos prontos de diagrama de ishikawa e funcionalidades intuitivas. Eles permitem que você foque na identificação das raízes do problema, e não na formatação.

Criador de Diagrama de Ishikawa no Canva

O Canva é amplamente reconhecido por sua facilidade de uso e design intuitivo, estendendo essas qualidades também à criação de diagramas de Ishikawa. Com uma vasta biblioteca de modelos e elementos gráficos, até mesmo usuários sem experiência em design podem elaborar um diagrama claro e profissional. É ideal para equipes que buscam uma solução rápida e visualmente atraente para organizar suas ideias. A plataforma permite a colaboração, facilitando o trabalho conjunto na identificação das categorias de causas.

Criador de Diagrama de Ishikawa no Miro

Para equipes que priorizam a colaboração em tempo real e a flexibilidade de um quadro branco digital, o Miro é uma excelente escolha. Esta ferramenta oferece um ambiente dinâmico onde múltiplos usuários podem contribuir simultaneamente para o diagrama. É perfeito para sessões de brainstorming intensas, permitindo que as equipes mapeiem as causas com liberdade, movam elementos e adaptem o modelo de diagrama de ishikawa conforme a discussão avança. Sua integração com outras ferramentas de gestão de projetos otimiza ainda mais o fluxo de trabalho.

Criador de Diagrama de Ishikawa no Lucidchart

O Lucidchart se destaca como uma ferramenta robusta para diagramação profissional, oferecendo recursos avançados para a criação de diagramas de Ishikawa detalhados. Com uma interface limpa e uma vasta gama de formas e conectores, ele permite construir diagramas complexos com precisão. É a escolha ideal para análises mais aprofundadas e para usuários que necessitam de funcionalidades específicas de diagramação, bem como integração com plataformas como o Microsoft Office e Google Workspace. Sua capacidade de gerar um modelo de diagrama de ishikawa altamente estruturado auxilia na visualização clara das relações de causa e efeito.

Diagrama de Ishikawa versus outras ferramentas da qualidade

No universo da qualidade e gestão, diversas ferramentas auxiliam na análise e resolução de problemas. Embora cada uma tenha um propósito específico, compreender suas diferenças e sinergias com o Diagrama de Ishikawa é crucial para aplicá-las de forma eficaz. O Ishikawa brilha na identificação e categorização de causas, mas complementa outras abordagens importantes para uma análise completa.

Diagrama de Ishikawa e Matriz SWOT

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Espinha de Peixe, é uma ferramenta de diagnóstico focada na identificação das causas-raiz de um problema específico. Ele mergulha profundamente nos processos internos para desvendar os “porquês” por trás de uma falha ou resultado indesejado, organizando essas causas em categorias como os 6Ms.

Já a Matriz SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) possui uma abordagem estratégica e macro. Ela analisa o ambiente interno e externo de uma organização ou projeto, identificando fatores que podem influenciar seu sucesso ou fracasso.

Embora distintas, são complementares. Uma análise SWOT pode revelar uma fraqueza que se traduz em um problema, cuja causa-raiz pode ser investigada em detalhe com um modelo de Diagrama de Ishikawa.

Diagrama de Ishikawa e Diagrama de Pareto

O Diagrama de Ishikawa é excelente para brainstorm e visualização de todas as possíveis causas que contribuem para um problema. Ele ajuda a estruturar o pensamento da equipe, garantindo que nenhum fator relevante seja esquecido, categorizando-os de forma sistemática.

Por outro lado, o Diagrama de Pareto é uma ferramenta de priorização. Baseado no Princípio de Pareto (80/20), ele ajuda a identificar as poucas causas vitais que são responsáveis pela maioria dos problemas. Ele mostra quais causas, uma vez tratadas, trarão o maior impacto na solução.

Essas duas ferramentas funcionam em perfeita sintonia. Após usar o Ishikawa para mapear todas as causas potenciais, você pode aplicar o Pareto para determinar quais delas são as mais críticas e merecem atenção prioritária no seu plano de ação.

Diagrama de Ishikawa e 5 Porquês

A técnica dos 5 Porquês é uma abordagem mais simples e iterativa, ideal para aprofundar a investigação de uma causa específica, perguntando “Por quê?” repetidamente até chegar à sua raiz. É direta e eficaz para problemas com cadeias causais mais lineares.

O Diagrama de Ishikawa, por sua vez, oferece uma visão mais abrangente e estruturada para problemas complexos, onde múltiplos fatores interagem. Ele permite categorizar e visualizar simultaneamente diversas causas potenciais, antes mesmo de se aprofundar em qualquer uma delas.

Ambas podem ser usadas em conjunto. Por exemplo, depois de identificar uma categoria de causas (como “Método” ou “Máquina”) usando um modelo de Diagrama de Ishikawa, a técnica dos 5 Porquês pode ser aplicada a uma causa específica dentro dessa categoria para desvendar sua origem mais profunda.

Perguntas Frequentes sobre o Diagrama de Ishikawa

Quando devo usar um Diagrama de Ishikawa?

Você deve usar um Diagrama de Ishikawa quando se deparar com um problema cuja causa não é óbvia e exige uma análise aprofundada para identificação da sua raiz. É particularmente útil em situações onde a equipe precisa brainstormar e categorizar as diversas influências que contribuem para uma questão específica.

Aplique-o em processos de melhoria contínua, análise de falhas, gestão de qualidade e resolução de problemas em diversas áreas, desde a produção industrial até a gestão de serviços. É uma ferramenta que fomenta a visão sistêmica e colaborativa.

Qual a diferença entre diagrama de Ishikawa e espinha de peixe?

Não há diferença entre o Diagrama de Ishikawa e o Diagrama de Espinha de Peixe; são dois nomes para a mesma ferramenta de análise de causa e efeito. O termo “espinha de peixe” refere-se à sua representação visual, que lembra o esqueleto de um peixe, com o problema principal na “cabeça” e as categorias de causas ramificando-se como “espinhas”.

Ambos os nomes homenageiam Kaoru Ishikawa, o engenheiro japonês que desenvolveu esta poderosa metodologia para a gestão da qualidade.

Posso adaptar as categorias dos 6Ms?

Sim, você pode e deve adaptar as categorias dos 6Ms (Método, Medida, Máquina, Meio ambiente, Material e Mão de obra) para que se adequem melhor ao contexto do problema que está sendo analisado. Embora os 6Ms sejam um modelo de diagrama de Ishikawa amplamente reconhecido e eficaz, nem todo problema se encaixa perfeitamente nessas seis categorias.

Em alguns setores, como serviços, outras categorias como 4Ps (Pessoas, Processos, Políticas e Procedimentos) ou 8Ps são mais relevantes. A flexibilidade é essencial: o objetivo é ter categorias que ajudem a organizar o brainstorming de causas de forma lógica e abrangente para o seu caso específico.

Você pode criar suas próprias categorias ou utilizar variações como os 5M’s para serviços (Mão de Obra, Materiais, Máquinas, Meio Ambiente e Medição) ou 8Ps (Preço, Promoção, Praça, Produto, Pessoas, Processos, Prova Física e Produtividade) para marketing, por exemplo. O importante é que as categorias reflitam as potenciais fontes de causa do seu problema.

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